V. Setúbal-2 Benfica-1

V. Setúbal-Benfica, 2-1 (crónica)




Doce ou travessura? No Bonfim, em noite de bruxas, os protagonistas começaram pelas travessuras e terminaram nos doces. A segunda mão da quarta eliminatória da Taça da Liga terminou com a vitória do Vitória, por 2-1, depois de um penalty assinalado a favor do Benfica, um por assinalar ao Vitória, demasiada insatisfação nas bancadas e nervosismo quanto baste dentro de campo.

Mas nem tudo foi mau numa noite fantástica em termos de público, com cerca de dez mil adeptos na bancada, adesão que há muito não se via, na maioria torcedores da casa, a comprovarem o excelente campeonato que o Vitória está a realizar.

A aposta do Vitória na Taça da Liga era total e, por isso, foi sem surpresa que Carlos Carvalhal escolheu o melhor onze, reforçado nesta segunda mão com Pitbull, afastado do primeiro confronto devido a lesão.

E que osso duro de roer se revelou o avançado brasileiro, em particular nos 20 minutos iniciais, com o caudal ofensivo do Vitória a passar necessariamente pelos seus pés. Logo aos nove, bateu sem dificuldade Edcarlos, e chutou com força à baliza de Butt, que não segurou à primeira nem à segunda.

Já o Benfica chegou ao Bonfim em contenção de titulares disponíveis - Rui Costa, Katsouranis, Léo e Cardozo foram poupados e Camacho estreou um figurino inédito, com Edcarlos a trinco, a fazer dupla com Binya. Luisão teve a seu lado Zoro e foi deste último que surgiu a primeira travessura da noite.

Pitbull, que seguia rumo à baliza de Butt, caiu na grande área e ficou no chão a reclamar grande penalidade de Zoro. Estavam decorridos 13 minutos. O costa-marfinense terá travado o avançado com o joelho, mas Paulo Costa nada assinalou.

Luís Filipe era neste início a porta preferida dos jogadores do Vitória para entrarem na frente. Aos 25 minutos ficou a ver Matheus passar, valendo o auxílio de Luisão a desviar a trajectória do remate. A ineficácia de Edcarlos no meio-campo e de Zoro no eixo da defesa davam trabalho de sobra ao internacional brasileiro, e por esta altura Luisão mais parecia bombeiro.

O Benfica demorou a equilibrar o jogo, mas os momentos finais da primeira parte foram seus. Primeiro Bergessio, aos 35, a rematar forte ao lado do poste direito da baliza de Eduardo, depois Edcarlos a cabecear ao lado na sequência de um cruzamento bem medido de Di María e novamente Bergessio a conseguir uma grande penalidade para a sua equipa. Cruzamento de Di María na direita, Eduardo saltou mas deixou seguir e o lance parecia terminado, quando Paulo Costa assinalou o castigo máximo, após puxão de Ricardo Chaves a Bergessio.

Que se passa com este Adu, sempre a marcar à beira do apito? Pois bem, mais uma demonstração de valia do jovem americano, que aos poucos está a ganhar o seu espaço na frente encarnada. Só precisava enganar Eduardo, é certo, mas enganou e fruto disso o Benfica foi para o descanso com a barriga aconchegada depois da indisposição inicial.

Edinho trouxe a vitória do banco...

Na segunda parte, Carlos Carvalhal fez entrar Edinho e o avançado não poderia ter respondido melhor: Janício cruzou da direita, Edinho levou a melhor sobre Luisão e cabeceou por cima da barra.

O espectáculo piorou, entretanto, depois de Paulo Costa chamar a si o protagonismo. Foram minutos enervantes para os jogadores.

O Vitória, ainda assim, e depois de algum tempo de cabeça perdida, com quedas infundadas junto à baliza de Butt, ergueu-se, reorganizou-se e recuperou o bom trabalho da primeira parte. Aos 67 minutos, Matheus empatou o desafio, numa recarga, depois de excelente trabalho de Edinho a rematar e Butt a defender.

Sem Adu para colocar em cena, Camacho trocou o americano pelo chinês, Yu Dabao, mas o também jovem avançado nada conseguiu acrescentar ao jogo.

Inconformado por não ter marcado à primeira, Edinho deu o melhor de si nos instantes finais e, aos 82 minutos, de pé esquerdo, trouxe justiça ao resultado.

in maisfutebol

Ganda Setubal.....